Toada foi composta em homenagem a Raimundo Jacó, primo de Luiz Gonzaga Fonte: Folha de Pernambuco | |
A toada “A Morte do Vaqueiro” foi gravada no ano de 1963 em um disco de 78RPM, tendo Nelson Barbalho como parceiro de autoria. Em depoimento à jornalista francesa, Dominique Dreyfus, que escreveu a biografia “Vida do Viajante – A Saga de Luiz Gonzaga”, Nelson Barbalho relembrou o momento da composição: “A Morte do Vaqueiro foi composta na rua Vidal de Negreiros, nº 11, no Recife. Nós almoçamos juntos e depois fomos para a sala. Tinha um relogiozinho feito de coco, daqueles que balançam e Luiz ficou olhando o relógio e, daqui a pouco, falou: ‘eu sempre tive vontade de prestar uma homenagem a um primo meu, que era vaqueiro e foi assassinado lá no Sertão’. E ele contou a história de Raimundo Jacó que foi assassinado na caatinga, e nunca ninguém soube quem era o culpado. Eu disse que isso podia fazer um baião danado de bom, e na mesma hora ele pegou na sanfona e fez: ‘Lá lari lari lara’ e eu fiz ‘Numa tarde bem tristonha’; e ele: ‘Larará lará Lara’ e eu: ‘Gado muge sem parar/ relembrando seu vaqueiro/ que não vem mais aboiar’ e, no final da tarde, a música estava pronta”. A Morte do Vaqueiro Luiz Gonzaga / Nelson Barbalho - 1963 Numa tarde bem tristonha Gado muge sem parar Lamentando seu vaqueiro Que não vem mais aboiar Não vem mais aboiar Tão dolente a cantar Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo, lengo, tengo Ei, gado, oh... Bom vaqueiro nordestino Morre sem deixar tostão O seu nome é esquecido Nas quebradas do sertão Nunca mais ouvirão Seu cantar, meu irmão Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo, lengo, tengo Ei, gado, oh... Sacudido numa cova Desprezado do Senhor Só lembrado do cachorro Que inda chora a sua dor É demais tanta dor A chorar com amor Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo, lengo, tengo Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo, lengo, tengo Ei, gado, oh... |
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Morte do vaqueiro virou letra de música em 1963
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