Zé Dantas nasceu em Carnaíba, cidade do sertão pernambucano em 27 de fevereiro de 1921. Logo cedo sua familia foi morar no Recife, onde passou a estudar, formando-se em Medicina em 1949. Mesmo sem tocar nenhum instrumento, ele compunha músicas usando uma caixa-de-fósforos como acompanhamento. Era um cronista dos costumes do sertanejo e muito de suas canções tinham um toque irreverente Seu encontro com Luiz Gonzaga ocorreu em 1947. Gonzaga estava hospedado no Grande Hotel do Recife para uma temporada de apresentações. Zé Dantas foi até lá e apresentou várias de suas canções, tais como "Acauã", "Vem morena", "A volta da asa branca" e "Forró de Mané Vito". Diz-se que de início Zé Dantas pediu para que Luiz Gonzaga gravasse as músicas sem incluir o seu nome pois seu interesse maior era divulgar as canções e isso poderia constranger a família ao saber que ele, um médico formado estava envolvido com cultura e vida de boemio.
A partir do ano seguinte, Gonzaga emplacou uma série de composições de Dantas que se tornaram clássicos do cancioneiro nordestino. Passou desde então a acompanhá-o nas gravações, além de organizar shows e apresentações. Na voz de Luiz Gonzaga, suas canções alcançaram as paradas de sucesso da época, retratando em suas letras os costumes do povo nordestino, as tradições culturais e o cotidiano de um pedaço do país esquecido pelo poder público.
No início dos anos 50 apresentou um programa na Rádio Jornal de Recife. Mas no mesmo ano mudou-se para Rio de Janeiro para se especializar em Obstetrícia. Chegou a trabalhar como diretor do Hospital dos Servidores do Rio de Janeiro. Outros grupos e cantores famosos também gravaram suas canções. Sua saúde começou a priorar quando em fevereiro de 1961 sofreu um acidente e rompeu o ligamento do pé. Para aliviar as dores tomava drogas. O uso exagerado desses medicamentos acabou comprometendo o fígado, que o levaria a morte no ano seguinte. Faleceu no Rio em 11 de março de 1962.
Zé Dantas é avô da cantora Marina Elali.
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